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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

RESGATANDO A UNIDADE

RESGATANDO A UNIDADE
Uma das características da Igreja Primitiva era: UNIDADE. O dicionário da Língua Portuguesa define a palavra unidade como: qualidade do que é um ou único; coesão, união, o número um. Então estar em unidade é ser um: um só pensamento, um só alvo, um só objetivo.
Em Atos lemos que a Igreja Primitiva vivia em UNIDADE: 2:44 – “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum”. 4:32 – “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum”.
Não era uma Igreja perfeita, havia falhas; foi uma Igreja com problemas – rivalidades, divisões, hipocrisias, heresias e imoralidades! Mas os problemas eram enfrentados, tratados e resolvidos.
Eles eram diferentes uns dos outros, tinham opiniões diferentes, mas as diferenças não foram impedimento para que vivessem em união. Havia entre eles: amor, respeito, solidariedade, caminhavam na mesma direção; mesmo quando a Igreja começou a sofrer perseguição e eles se espalharam pelas regiões da Judéia e Samaria, continuaram unidos no propósito de pregar o Evangelho, unidos também em oração incessante uns pelos outros, principalmente pelos irmãos que haviam sido aprisionados. E assim a Igreja crescia.
Unidade é isso. É estar junto mesmo em meio aos problemas e perseguições, é orar junto, é trabalhar junto, é se preocupar com o outro, é respeitar o outro. Se quisermos crescer como Igreja, precisamos seguir o exemplo deixado pelos irmãos da Igreja Primitiva, que não foram perfeitos, mas que tem muito a nos ensinar. Precisamos entender que somos um corpo onde Cristo é a Cabeça. Somos por Ele guiados, por Ele direcionados, é Ele que nos diz o que fazer.
Paulo, em I Co. 12:12-31, compara essa unidade que precisa haver na Igreja ao corpo humano. Ele diz que: “Assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. [...] Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. [...] Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato? Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo? O certo é que há muitos membros, mas um só corpo. Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários;[...] Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual  cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. [...]”
Somos um corpo com muitos membros; nenhum é mais importante que o outro, todos são iguais diante de Deus, tem o mesmo valor, mas desempenham funções diferentes, específicas e buscam se aperfeiçoar para melhor desenvolver tal função. Existem ministérios, cada um com uma função diferente, que não foram instituídos à toa, mas foram instituídos com um objetivo: atuar nas várias áreas da Igreja, atendendo assim as necessidades peculiares de cada faixa etária no caso das crianças, adolescentes, jovens, homens, senhoras e 3ª idade; e áreas que abrangem toda a Igreja, como: louvor, intercessão, missões, evangelismo, ação social, arte, educação cristã. Cada um atuando numa área e promovendo o crescimento do corpo.
No corpo a boca não pode dizer pro olho: “não gosto da forma como você está agindo, então à partir de agora, vou fazer o que você faz”. No corpo de Cristo também é assim: um não pode simplesmente chegar e querer fazer o que é função do outro; quando se trabalha junto, todos caminham junto, lado a lado, um ajudando o outro, mas sem atropelar o outro, sem passar por cima do outro. Embora em cada área haja uma liderança, ninguém trabalha sozinho, há uma interdependência entre os ministérios; um não sobrevive sem o outro, mas se cada um puxar para um lado, não chegaremos a lugar algum. Ninguém é dono de nada. Tudo é de Deus. Mas é preciso que haja respeito entre os líderes e membros do Corpo de Cristo para que consigamos caminhar juntos, para que haja UNIDADE entre nós de fato e de verdade e não apenas de palavras. Há diversidade nos dons, nos ministérios, nas funções, mas Deus é um só. E tudo o que fizermos é para Ele. Devemos estar unidos para fazer a Obra que não é nossa, mas de Deus.
Mis. Jacira da Silva Cordeiro da Conceição

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