IGREJA PERSEGUIDA
"Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele" - I Coríntios 12.26a
“Ponham correntes nesses homens! Coloquem guardas para vigiá-los 24 horas por dia. Não deixem que eles escapem!” Quando escutamos algo assim pensamos logo se referir a homens muito perigosos, não é mesmo? Mas nesse caso não se trata de bandidos, trata-se de dois homens: Pedro e João que foram colocados na prisão simplesmente por ensinar sobre a ressurreição de Jesus. Em At. 5:14 lemos que a Igreja estava crescendo e isso causou inveja e revolta nas autoridades da época, que na tentativa de fazê-los parar, os prenderam (pela 2ª vez). Mas, vocês acham que isso iria de fato detê-los? Não! Eles continuaram pregando a Palavra.
Quando foram presos pela segunda vez (5:18), durante a noite um anjo abriu a porta da prisão e fez os apóstolos saírem! (5:19) O anjo disse que fossem ao Templo e falassem sobre Jesus (5:20). Bem cedo na manhã seguinte, Pedro e João estavam ensinando no Templo quando as autoridades religiosas se reuniram e mandaram buscá-los na prisão (5:21). As portas da prisão estavam fechadas e guardadas, mas não havia ninguém na cela! (5:22,23). Encontrados no Templo, os apóstolos foram levados diante dos principais sacerdotes e acusados de ser culpados pela morte de Jesus (5:22-28). Obedecendo a Deus e não aos homens, os apóstolos repetiram a sua mensagem (5:29-32). Irados, os principais sacerdotes começaram a fazer planos para matar os apóstolos (5:33). Gamaliel aconselhou-os a “deixar que Deus cuidasse do assunto (5:34-40). Açoitados e advertidos a não falarem mais sobre Jesus, os apóstolos foram libertados. Os apóstolos retiraram-se do Sinédrio, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer por Jesus! (v.41)
No decorrer do livro de Atos, vamos encontrar várias outras situações de perseguição contra a Igreja de Jesus: Estevão morto por apedrejamento, Tiago, morto à espada, Pedro preso outras vezes, Paulo de perseguidor passando a ser perseguido, e foi o próprio Apóstolo Paulo que disse “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fp. 1:21). Mas, no meio de tanta perseguição três coisas merecem destaque: 1.A perseguição fez o Evangelho se espalhar (8:4) e a Igreja crescia; 2.A Igreja se reunia frequentemente para orar; e, 3.Eles reconheciam que Deus estava com eles o tempo todo (12:11).
Tudo isso aconteceu a muito tempo atrás. Mas de lá pra cá, muitos outros cristãos foram perseguidos e muitos foram mortos por causa do Evangelho. E ainda hoje, muitos cristãos são perseguidos em todo o mundo por se recusarem a negar Jesus.
A Missão Portas Abertas, criou o Domingo da Igreja Perseguida com o objetivo de unir cristãos em torno de um só motivo: nossos irmãos que pagam um alto preço por sua fé. A data varia de ano em ano (esse ano caiu no dia 07 de junho), pois é marcada para o domingo seguinte ao de Pentecostes. Esse critério foi adotado porque no relato de At.4, o início das perseguições aos cristãos acontece logo após a descida do Espírito Santo, com a prisão de Pedro e João. Simbolicamente, pode se dizer que essa foi a “fundação” da Igreja Perseguida.
A Missão Portas Abertas tem uma lista com 50 países em que há mais perseguição aos cristãos. Dentre eles está a Eritréia (o mais jovem país africano), onde durante os últimos cinco anos, acontece uma brutal campanha contra as minorias cristãs. Casamentos, batismos, cultos em igrejas ou lares e encontros de oração têm sido invadidos pelas forças de segurança. Visitantes ou membros das congregações têm sido perseguidos e detidos em grande número. Sem julgamento ou acusação legal e apenas por causa da religião, entre os prisioneiros estão dezenas de pastores e sacerdotes, detidos em delegacias e campos militares em 14 cidades diferentes, sujeitos à falta de higiene e à tortura física e psicológica. Muitos são mantidos em masmorras ou contêineres de metal sofrendo queimaduras pela temperatura elevada do sol durante o dia e temperaturas congelantes à noite. As torturas, sempre presentes, assumem diversas formas e têm levado alguns à morte. Jesus nos alertou que Seus seguidores sofreriam hostilidade, calúnia, rejeição e até ódio. E é isso que tem acontecido!
Nós vivemos no Brasil, um país livre, onde temos liberdade de Culto, ou seja, podemos andar livremente pelas ruas com a Bíblia nas mãos, podemos pregar o Evangelho das mais variadas formas aonde quisermos, sem medo de sermos presos por isso, onde assim como em vários outros países, podemos abrir as portas dos nossos Templos para realizar os Cultos de Louvor e Adoração à Deus. Mas em todo mundo existem aproximadamente 100 milhões de irmãos perseguidos por causa do Evangelho, que precisam se reunir escondidos para orar e louvar a Deus e muitas vezes para compartilhar a leitura da única Bíblia existente, por estarem em países onde não há liberdade de culto. Um fato interessante nessa questão é que nós, que temos liberdade para cultuar a Deus e d’Ele falar, muitas vezes não valorizamos essa liberdade, não pregamos a Palavra como deveríamos, não lemos a Bíblia como deveríamos. Precisamos repensar a nossa postura como cristãos, e eu desafio você a mudar hoje. Comece assumindo um compromisso de oração pelos cristãos perseguidos em todo o mundo. Eles precisam de nós para sustentá-los em oração e sermos seus porta-vozes.
Quer saber mais? Entre no site: www.portasabertas.org.br
Que Deus nos abençoe e tenha misericórdia de nós!
Mis. Jacira da Silva Cordeiro da Conceição
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