DE QUEM É A CULPA?
O ser humano, desde o início dos tempos, está sempre jogando a culpa nos outros e arrumando desculpas para justificar os seus erros, as suas falhas, os seus pecados. Adão e Eva viviam felizes no Jardim do Éden, em comunhão com Deus. Mas, Eva comeu do fruto proibido, ofereceu-o a Adão que também o comeu. Eles desobedeceram a ordem de Deus. Quando foram confrontados com o que haviam feito um jogou a culpa no outro: Adão culpou Eva, que culpou a serpente. O fato é que independente de quem tenha sido a culpa, as conseqüências foram inevitáveis. Nesse caso as consequências não foram só para Adão e Eva, à partir daí toda a raça humana se tornou pecadora.
É interessante quando pensamos a respeito de quem é a culpa; éramos culpados diante de Deus e estávamos condenados a morte (o salário do pecado é a morte), mas Deus no Seu amor incondicional, amor ágape, enviou ao mundo Seu Único Filho para salvar a humanidade dos seus pecados. E então, através de Jesus, do Seu Sangue Precioso derramado na Cruz do Calvário, temos os nossos pecados perdoados. Por amor à nós, Jesus tomou o nosso lugar, e pagou a nossa dívida; um alto preço foi pago por mim e por você. Assim sendo, pertencemos à Deus duas vezes: 1º - por direito de criação – Ele nos fez e d’Ele somos; 2º - por que fomos comprados através do sacrifício de Jesus.
Imagine você se Jesus tivesse dito ao Pai: “Eu não vou dar Minha vida por eles não, foram eles que erraram, eles são culpados, eles que dêem um jeito agora”. O que seria de mim e de você, uma vez que em nós não há condições alguma de nos salvarmos? Ele assumiu a nossa culpa, e nós o que temos feito por Ele? Negligenciamos a Sua Obra, fazendo-a de qualquer jeito e jogamos a culpa nos outros.
Somos, ou deveríamos ser, eternamente gratos à Deus por nos ter resgatado do lamaçal do pecado e nos adotado como Seus filhos, dando-nos a possibilidade de nos relacionarmos diretamente com Ele e de experimentarmos o Seu cuidado Paternal. Mas, Ele não quer simplesmente que experimentemos o Seu cuidado, Ele quer tenhamos vida de obediência e submissão à Ele e essa obediência e submissão se refletirá através do que fizermos por Ele e para Ele, na vida pessoal e na Igreja local onde congregamos.
Quero aqui chamar a sua atenção para um fato muito importante. Quando entregamos nossa vida a Jesus assumimos um compromisso com Ele. Mas, infelizmente muitas vezes temos compromisso simplesmente com a Obra de Deus e não com o Deus da Obra. E algo que evidencia isso é quando começamos a deixar Deus em segundo plano e consequentemente não cumprimos com os nossos compromissos como servos e servas do Deus Altíssimo. Queremos usufruir os nossos “direitos” (mesmo sabendo que como pecadores, não temos direito a nada, tudo o que Deus nos dá é pela Sua misericórdia que não tem fim e que é a causa de não sermos consumidos), mas não cumprimos com os nossos “deveres”. E quando somos confrontados, logo jogamos a culpa em outras coisas, situações ou pessoas: “Não vou à EBD porque a aula é chata, porque a revista é ruim, porque não gosto daquele(a) professor(a), porque preciso dormir, não vou aos Cultos porque preciso dormir cedo afinal 2ª feira acordo cedo para trabalhar, ou porque não gosto do(a) irmão(ã) que vai dirigir, cantar ou pregar, deixo de vir à Igreja porque o irmão não falou comigo no corredor, porque não recebi aquele tapinha nas costas ou elogios por algo que fiz (nos esquecemos de que não fazemos para homens e sim para Deus). E tantos outros porquês e desculpas.
Precisamos parar de culpar situações, coisas ou pessoas pela nossa falta de compromisso e negligência para com o nosso Deus! Nós escolhemos ficar de braços cruzados e não fazer nada, ou arregaçar as mangas e nos doarmos na Obra de Deus, escolhemos parar diante dos obstáculos e barreiras que surgem no nosso caminho, ou fitarmos os nossos olhos em Deus e seguirmos em frente, sem olhar pra trás. É muito mais fácil parar e depois dizer que paramos por culpa dos outros. O que você fazemos com a nossa vida, com o ministério, com o trabalho, com as oportunidades que Deus nos dá é responsabilidade nossa; mesmo que passemos a vida inteira culpando os outros, ou as situações pelos nossos erros, não os assumindo, no fim de tudo estaremos face a face com Deus e teremos de prestar-Lhe contas de tudo.
Que Deus nos abençoe!
Mis. Jacira S. Cordeiro da Conceição
Nenhum comentário:
Postar um comentário